Ai Weiwei: un creader capaz de fusionar arte y activismo político
Ai Weiwei: um criador capaz de fundir arte e ativismo político
Ai Weiwei: un creader capaz de fusionar arte y activismo político
Ai Weiwei: um criador capaz de fundir arte e ativismo político
Ai Weiwei trabaja en los ámbitos de la instalación escultórica, cine, fotografía, cerámica, pintura, escritura y redes sociales. Como artista conceptual une las técnicas tradicionales de los maestros artesanos con la cultura China, de la que proviene. Weiwei transita entre una gran variedad de lenguajes formales para reflexionar sobre la condición geopolítica y sociopolítica contemporáneas. Su trabajo y su vida interaccionan e influyen el uno en la otra, informando también su activismo y defensa de los derechos humanos internacionales.
El MUSAC (Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León), en España, presentará la exposición 'Ai Weiwei. Don Quixote', uno de los proyectos más ambiciosos realizados por Ai Weiwei hasta la fecha. Con 1.700 metros cuadrados de exposición y 44 obras, muchas de ellas monumentales, la muestra incluye trabajos realizados en los últimos 20 años de trayectoria de este creador imprescindible en el panorama artístico internacional, conocido por su capacidad de fusionar arte y activismo político. Es también la primera exposición que exhibe en profundidad su serie de cuadros realizados con ladrillos de construcción de juguete. Respecto a ellos, el artista señala que, «LEGO, al igual que los mosaicos antiguos, los diseños textiles y de alfombras, o la impresión con tipos móviles de madera de la dinastía Song (c. 1000 d.C.), encarna una sensación de atemporalidad».
Ai Weiwei trabalha nos domínios da instalação escultórica, do cinema, da fotografia, da cerâmica, da pintura, da escrita e das redes sociais. Como artista concetual, une as técnicas tradicionais dos mestres artesãos à cultura chinesa de onde é originário. Weiwei transita entre uma variedade de linguagens formais para refletir sobre a condição geopolítica e sociopolítica contemporânea. O seu trabalho e a sua vida interagem e influenciam-se mutuamente, informando também o seu ativismo e a sua defesa dos direitos humanos internacionais.
O MUSAC (Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León), em Espanha, vai apresentar a exposição 'Ai Weiwei. Don Quixote', um dos projectos mais ambiciosos de Ai Weiwei até à data. Com 1.700 metros quadrados de espaço expositivo e 44 obras, muitas delas monumentais, a mostra inclui trabalhos produzidos nos últimos 20 anos da carreira deste criador incontornável no panorama artístico internacional, conhecido pela sua capacidade de fundir arte e ativismo político. É também a primeira exposição a mostrar em profundidade a sua série de pinturas feitas com tijolos de construção. O artista salienta que «o LEGO, tal como os mosaicos antigos, os desenhos de têxteis e tapetes, ou a impressão de tipos móveis de madeira da dinastia Song (c. 1000 d.C.), incorpora um sentido de intemporalidade».
La exposición, que podrá visitarse hasta el 18 de mayo de 2025, se inaugura el 9 de noviembre. El proyecto, comisariado por el director del MUSAC, Álvaro Rodríguez Fominaya, ha sido diseñado junto al artista en exclusiva para el museo leonés, el único centro en el que podrá verse.
Un recorrido por la exposición
Para encontrar el origen de Don Quixote es necesario retroceder hasta la infancia de Ai Weiwei. El padre del artista, el poeta Ai Quing, tuvo entre sus libros una edición de la obra maestra de Cervantes, que Ai recuerda vívidamente por su bella portada e ilustraciones y la breve introducción a la historia que su padre le hizo. Viviendo en los desiertos remotos de Xinjiang, donde su padre había sido deportado, la extravagante pareja formada por Don Quijote y Sancho Panza despertó su imaginación infantil y le reveló que se podía concebir todo un mundo de fantasía, más allá de la doctrina maoísta que dictaba que todo se ajustase a la lógica y la racionalidad.
A exposição, que estará patente até 18 de maio de 2025, é inaugurada a 9 de novembro. O projeto, comissariado pelo diretor do MUSAC, Álvaro Rodríguez Fominaya, foi concebido em conjunto com o artista exclusivamente para o museu de León, o único centro onde pode ser visto.
Uma visita à exposição
Para encontrar a origem de Dom Quixote é necessário recuar até à infância de Ai Weiwei. O pai do artista, o poeta Ai Quing, tinha entre os seus livros uma edição da obra-prima de Cervantes, que Ai recorda vivamente pela sua bela capa e ilustrações e pela breve introdução do seu pai à história. Vivendo nos desertos remotos de Xinjiang, para onde o seu pai tinha sido deportado, o par fantasioso de Dom Quixote e Sancho Pança despertou a sua imaginação infantil e revelou-lhe que era possível conceber todo um mundo de fantasia, para além da doutrina maoísta de que tudo devia obedecer à lógica e à racionalidade.
«Don Quixote no se ha concebido como una retrospectiva», explica Álvaro Rodríguez Fominaya, comisario de la exposición. «Aún así, se abordan las temáticas centrales de su trabajo: la libertad de expresión, las crisis migratorias y la defensa de los derechos humanos. Además, casi todas sus grandes series están representadas en la muestra, en un arco cronológico que va desde 2008 hasta 2023».
La exposición destaca por sus dimensiones. Se trata de una de las más extensas y ambiciosas del artista y disidente chino. Incluye 44 obras entre instalaciones, cuadros de ladrillos de construcción de juguete, esculturas, vídeos y películas.
La exposición destaca también por sus dimensiones. Se trata de una de las más extensas y ambiciosas del artista y disidente chino. Ha sido concebida especialmente para las salas del MUSAC, que por su tamaño permiten albergar algunas de las obras más monumentales de Ai Weiwei, imposibles de exponer en otros museos. Incluye 44 obras entre instalaciones, cuadros de ladrillos de construcción de juguete, esculturas, vídeos y películas. Ocupa unos 1.700 metros cuadrados, más de la mitad del espacio expositivo del museo.
«Don Quixote não foi concebido como uma retrospetiva», explica Álvaro Rodríguez Fominaya, curador da exposição. «Mesmo assim, são abordados os temas centrais da sua obra: a liberdade de expressão, as crises migratórias e a defesa dos direitos humanos. Além disso, quase todas as suas grandes séries estão representadas na exposição, num arco cronológico que vai de 2008 a 2023».
A exposição é notável pela sua dimensão. Trata-se de uma das mais extensas e ambiciosas exposições do artista e dissidente chinês. Inclui 44 obras, incluindo instalações, pinturas feitas de tijolos de construção, esculturas, vídeos e filmes.
A exposição também se destaca pela sua dimensão. Trata-se de uma das mais extensas e ambiciosas exposições do artista e dissidente chinês. Foi concebida especialmente para as salas do MUSAC, que, devido à sua dimensão, podem acolher algumas das obras mais monumentais de Ai Weiwei, que seriam impossíveis de expor noutros museus. Inclui 44 obras, incluindo instalações, pinturas feitas de tijolos de construção, esculturas, vídeos e filmes. Ocupa cerca de 1.700 metros quadrados, mais de metade do espaço de exposição do museu.
Cada sala está pensada de forma inmersiva, con una 'piel' que generan obras en formato de papel pintado de suelo a techo, con más de seis metros de altura. A esto se suman 10 películas que resumen la obra de Ai Weiwei en cine y videoarte, desde el documental Marea humana (2017) hasta el vídeo Beijing 2003 (2003), con 150 horas de duración y que recorre los 2.400 kms de las calles de Pekín, grabadas desde una furgoneta en movimiento.
«Usar este material [LEGO] para cuestionar mensajes políticos o estéticos del pasado me parece especialmente adecuado, ya que no carga con el peso de formas de expresión artística tradicionales, como la pintura o la escultura».
El MUSAC será el primer museo que exponga en profundidad el conjunto de obras realizadas con bloques de construcción (tipo LEGO o WOMA), en las que Ai Weiwei viene trabajando desde 2007; se verán 19 de las 60 que ha producido hasta el momento. Con estas piezas de juguete, el artista propone un desafío audaz a la pintura tradicional bidimensional. «Son la herramienta perfecta para cuestionar el pasado político y estético del arte», admite Ai Weiwei. «Elegí los ladrillos de LEGO porque son completamente ajenos a mí; son neutros, incluso absurdos, con una paleta limitada a cuarenta colores. Usar este material para cuestionar mensajes políticos o estéticos del pasado me parece especialmente adecuado, ya que no carga con el peso de formas de expresión artística tradicionales, como la pintura o la escultura. En cierto sentido, estos ladrillos de juguete nos liberan de las cargas del bagaje artístico histórico».
Cada sala foi concebida de forma imersiva, com uma 'pele' que gera obras em formato de papel de parede do chão ao teto, a mais de seis metros de altura. A isto juntam-se 10 filmes que resumem o trabalho de Ai Weiwei em cinema e videoarte, desde o documentário Human Tide (2017) ao vídeo de 150 horas Beijing 2003 (2003), que percorre 2400 km das ruas de Pequim, filmado a partir de uma carrinha em movimento.
«A utilização deste material [LEGO] para questionar mensagens políticas ou estéticas do passado parece-me particularmente adequada, uma vez que não tem o peso das formas tradicionais de expressão artística, como a pintura ou a escultura.».
O MUSAC será o primeiro museu a expor em profundidade o conjunto de obras realizadas com blocos de construção (tipo LEGO ou WOMA), com as quais Ai Weiwei tem vindo a trabalhar desde 2007; 19 das 60 que produziu até à data serão apresentadas. Com estas peças de brinquedo, o artista propõe um desafio audacioso à pintura bidimensional tradicional. «São a ferramenta perfeita para questionar o passado político e estético da arte», admite Ai Weiwei. «Escolhi os tijolos LEGO porque são completamente estranhos para mim; são neutros, até absurdos, com uma paleta limitada a quarenta cores. Utilizar este material para questionar mensagens políticas ou estéticas do passado parece-me particularmente adequado, uma vez que não tem o peso das formas tradicionais de expressão artística, como a pintura ou a escultura. De certa forma, estes tijolos de brincar libertam-nos do peso da bagagem artística histórica».
Entre estas obras destaca 'The Third of May' (2023), un gran cuadro inédito, producido específicamente para esta muestra, que versiona la obra de Goya 'El tres de mayo en Madrid'. «Vi en estas imágenes algo que me resultaba familiar, especialmente en la escena inolvidable de los insurgentes españoles siendo ejecutados; una poderosa representación que conmemora la resistencia española al ejército de Napoleón», explica Ai Weiwei sobre esta pieza. Y aclara, «la sociedad siempre ha estado sujeta a cambios políticos drásticos y, con cada giro, hay quienes mueren o se sacrifican. Esta pintura lo captura de manera tan vívida y directa que parece que estuviese animada, expresando la profunda empatía que Goya, un artista que admiro enormemente, tenía por el sufrimiento humano».
Entre estas obras encontra-se 'The Third of May' (2023), uma pintura de grandes dimensões, inédita, produzida especificamente para esta exposição, que é uma versão de '3 de maio em Madrid' de Goya. «Vi algo de familiar nestas imagens, especialmente na cena assombrosa dos insurgentes espanhóis a serem executados; uma representação poderosa que comemora a resistência espanhola ao exército de Napoleão», explica Ai Weiwei sobre esta obra. E esclarece: «A sociedade sempre esteve sujeita a mudanças políticas drásticas e, a cada volta, há quem morra ou se sacrifique. Esta pintura capta-o de forma tão viva e direta que parece estar animada, exprimindo a profunda empatia que Goya, um artista que admiro muito, tinha pelo sofrimento humano».
Trabajar con grandes formatos ha sido una constante en la trayectoria de Weiwei. Entre sus obras monumentales incluidas en su exposición en el MUSAC está 'La Commedia Umana' (2017-2021), que se muestra por primera vez en un museo. Con más de ocho metros de alto, seis de ancho y 2.700 kg de peso, es uno de los candelabros de Murano de mayor tamaño realizados nunca. Está compuesto por unas 2.000 piezas. Rodríguez Fominaya desvela que «Ai Weiwei ha estado trabajando con cristal de Murano desde 2017. Este gigantesco candelabro negro fue hecho a mano por artesanos vidrieros en colaboración con una fundación dedicada al trabajo del cristal, Berengo Studio».
O trabalho com grandes formatos tem sido uma constante na carreira de Weiwei. Entre as suas obras monumentais incluídas na sua exposição no MUSAC está 'La Commedia Umana' (2017-2021), apresentada pela primeira vez num museu. Com mais de oito metros de altura, seis metros de largura e um peso de 2700 kg, é um dos maiores candelabros de Murano alguma vez fabricados. É composto por cerca de 2.000 peças. Rodríguez Fominaya revela que «Ai Weiwei está a trabalhar com vidro de Murano desde 2017. Este gigantesco lustre preto foi feito à mão por artesãos de vidro em colaboração com uma fundação dedicada ao trabalho com vidro, o Berengo Studio».
'La Commedia Umana' reimagina los clásicos candelabros venecianos de vidrio y surge de las reflexiones del artista sobre el humanismo y la humanidad, así como de su defensa de la libertad de expresión. Las crisis migratorias, la amenaza de pandemias actuales y futuras y los devastadores cambios ambientales globales alimentan las reflexiones de Ai Weiwei sobre la relación ser humano-naturaleza y el incierto futuro de la civilización humana, redefiniendo en última instancia el equilibrio entre la vida y la muerte.
'Commedia Umana' reimagina os clássicos candelabros de vidro venezianos e decorre das reflexões do artista sobre o humanismo e a humanidade, bem como da sua defesa da liberdade de expressão. As crises migratórias, a ameaça de pandemias actuais e futuras e as devastadoras alterações ambientais globais alimentam as reflexões de Ai Weiwei sobre a relação homem-natureza e o futuro incerto da civilização humana, redefinindo, em última análise, o equilíbrio entre a vida e a morte.